Sonhos Secretos
Sou Assim , Nem Melhor , Nem Pior , Apenas Diferente , Graças a Deus ...
Desencanto
Cansei-me de agarrar no vazio
chamas de um fogo que se extinguiu
de chorar as lágrimas de um mundo meu
que quem sabe, nunca existiu
Derrubei as pontes que construi
em noites de luar em que tudo era possível
A tua face era ainda bela
não via nela ainda a realidade, a mentira
Criei horizontes só meus
em que era azul o dia que nascia
perdi-me em palavras ternas
que eu ainda ousava pensar que entendia
Ah mas a madrugada raiou
sobre o mundo de sonho
que só dele vivia
e mostrou que dessa história só minha
tudo era cinza e lama
já nada existia
Fiz a pergunta ao vento
soltei o medo que me prendia
a resposta foi o cair da máscara
mostrando o rosto
que já conhecia
verde com a cor da mentira
do riso e do escárnio que recebi
talvez não de todo inocente
quem sabe talvez se o mereci
Não fechei de todo a janela
não se impede o sol de entrar
por mais que se tente
apenas esqueci o mundo criado
onde sei que é mentira
tudo o que se diz
não quero colher a rosa
se apesar de formosa
em tudo o mais mente
Cansei-me de lutas vãs
de lágrimas derramadas a teu belo prazer
de ser brinquedo de criança
de ser eternamente a aliança
entre o amar e o sofrer
Saio de dentro de mim
mais derrotado
cansado de te ver mentir
se me vou tu me chamas
se me aproximo
me mandas partir
Se tu nem sabes quem és
se és a sombra
de quem querias ser
se és a morte de tudo
a cinza negra espalhada
na alma que quis ainda crer
és um porto perdido
que nunca soube vencer
Ficam lágrimas perdidas
geladas numa face
de que quiseste escarnecer
não te destrui todas as estradas
deixo um caminho
por onde podes seguir
mas para o mundo de sonho
a tua própria ponte terás que construir
antes muito antes
de a vida partir!!!

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12 comentários
De José Batista a 28.11.2007 às 21:27
“Atreve-te a julgar. Julga os outros julgando-te a ti mesmo.
(...) Procura-te. Tenta encontrar-te antes que te agarre a voracidade do tempo.
Faz as coisas com paixão. Uma paixão irrequieta,
que não te dê descanso
e te faça doer a respiração.
(...) Quanto deves é à vida, o que deves é a ti mesmo. Canta.
Canta a água e a montanha e o pescoço do rio,
e o beijo que deste e o beijo que darás, canta
o trabalho doce da abelha e a paciência com que crescem
as árvores,
canta cada momento que partilhas com amigos, e cada amigo
como um astro que desponta no firmamento breve do teu corpo.
E canta o amor. E canta tudo o que tiveres razão para
cantar.
E o que não souberes e o que não entenderes, canta.
Não fujas da alegria. A própria dor ajuda-te a medir
a felicidade.
(...) Se sentires medo, canta. Mas se em ti não couber a alegria,
não pares de cantar.
Canta. Canta. Canta. Canta. Canta. constrói o teu amor,
vive o teu amor,
ama o teu amor. De tudo o que as pessoas querem, o que mais querem é o amor.
Sem ele, nada nunca foi igual, nada é igual, nada será igual
alguma vez.
Canta. Enquanto esperas, canta.
Canta quando não quiseres esperar.
Canta se não encontrares mais esperança. E canta quando a
esperança te encontrar.
Canta porque te apetece cantar e porque gostas de cantar e
porque sentes que é preciso cantar.
E canta quando já não for preciso. Canta porque és livre.
E canta se te falta a liberdade.”
Joaquim Pessoa